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Macron critica acordo que UE costurou com os EUA: 'Para ser livre, é preciso ser temido'

Macron critica acordo comercial com os EUA e afirma que a UE precisa ser mais temida nas negociações. O presidente francês garante que as conversas continuarão em busca de melhores condições para a Europa.

Emmanuel Macron, presidente da França, afirmou que a União Europeia (UE) não foi temida o suficiente nas negociações comerciais com os Estados Unidos (EUA), resultando em um acordo criticado como desequilibrado.

No encontro de gabinete, Macron declarou: "Para ser livre, é preciso ser temido. Nós não fomos temidos o suficiente."

A UE concordou em aceitar uma tarifa de 15% sobre a maioria de suas exportações para os EUA, enquanto a tarifa média do bloco sobre produtos americanos cairá para menos de 1% após a implementação do acordo.

O chefe do comércio da UE, Maros Sefcovic, admitiu que foi o “melhor acordo sob circunstâncias difíceis.” Macron ressaltou que as negociações ainda continuam: "A França sempre adotou uma postura firme e exigente."

A UE está buscando isenções adicionais da tarifa de 15%, priorizando vinhos e destilados. Uma declaração conjunta entre a UE e os EUA deverá ser divulgada até 1º de agosto, mas sem força legal, dando início a um futuro acordo comercial juridicamente vinculativo.

A forma final desse acordo não está clara e um acordo de livre comércio pode levar anos para ser negociado. A insatisfação no governo francês é evidente, com o primeiro-ministro François Bayrou descrevendo o acordo como um dia sombrio para a aliança de povos livres.

A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, criticou duramente o acordo, chamando-o de um "fiasco político, econômico e moral." Ela pediu um reconhecimento do fracasso, em vez de pedir aos franceses que se alegrem com ele.

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