Lupi reconheceu fraudes em descontos do INSS em abril de 2023: 'Não tenho como intervir'
Ministro da Previdência enfrenta pressão por omissões em fraudes de descontos em aposentadorias, enquanto operação da PF revela esquema bilionário. Governos suspendem acordos de desconto até novas verificações.
Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi alertado sobre descontos indevidos em abril de 2023, mas alegou não poder intervir. Fraudes foram reconhecidas, levando a uma operação da Polícia Federal e Controladoria Geral da União contra deduções ilegais.
Na Comissão de Fiscalização da Câmara, em 26 de abril, Lupi admitiu fraudes e afirmou que os descontos são pessoais e autorais. O deputado Evair de Mello questionou o aumento dos descontos, ressaltando a responsabilidade do ministro pelo sistema previdenciário.
Lupi defendeu sua atuação, mencionando uma Instrução Normativa criada e uma auditoria do INSS a ser concluída em setembro de 2024, apesar dos pedidos para sua saída. A ministra Gleisi Hoffmann defendeu sua permanência.
Operação da PF e CGU foi desencadeada para combater descontos não autorizados, com a soma dos valores chegado a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Descontos eram feitos sem autorização dos beneficiários e o governo suspendeu todos os acordos de desconto.