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Lupi levou quase 1 ano para tomar providência sobre fraude no INSS

Ministro da Previdência é criticado por inação em relação a fraudes em aposentadorias. Investigação da PF revela irregularidades nos descontos de mensalidades em benefícios do INSS, resultando em afastamentos e medidas judiciais.

Ministro da Previdência, Carlos Lupi, demorou 10 meses para agir sobre descontos indevidos em aposentadorias, alertado pela 1ª vez em junho de 2023.

A informação foi revelada pelo Jornal Nacional e confirmada pelo Poder360. O tema foi discutido em reunião do CNPS em 12 de junho, mas só constou na pauta em 24 de abril de 2024.

Lupi, que é presidente do conselho, não aprovou o pedido de discussão feito pela conselheira Tonia Galleti, alegando necessidade de um levantamento mais preciso.

À TV Globo, Lupi afirmou que o INSS começou a rever normas em junho de 2023 e que as mudanças foram concluídas em março de 2024, com a apresentação de uma instrução normativa sobre os novos descontos.

Alessandro Stefanutto, presidente do INSS, é investigado pela PF por desvio de mais de R$ 6 bilhões de benefícios de 2019 a 2024. Ele foi afastado após a operação Sem Desconto, que investigou descontos indevidos.

A operação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária em 14 estados. A PF identificou irregularidades nas mensalidades associativas sobre aposentadorias.

A CGU iniciou apurações em 2023 sobre o aumento de entidades e seus valores, auditando 29 delas e entrevistando 1.300 aposentados. Constatou-se que a maioria não havia autorizado os descontos.

Seis pessoas foram afastadas do INSS, incluindo Stefanutto. A PF apreendeu bens de alto valor durante a operação.

Medidas do governo: suspensão dos Acordos de Cooperação Técnica e dos descontos nas folhas de pagamento. Aposentados podem solicitar a exclusão de descontos indevidos pelo aplicativo “Meu INSS”.

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