Lupi diz que intuição o motivou a indicar Stefanutto, afastado após PF revelar fraudes no INSS
Ministro Carlos Lupi admite erro na escolha de Stefanutto após escândalo de fraudes. INSS suspende acordos com associações que realizavam descontos indevidos nas aposentadorias.
Ministro Carlos Lupi defende sua escolha de Alessandro Stefanutto para o cargo de presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ressaltando sua qualificação.
Stefanutto foi afastado pela Justiça e depois exonerado após operação da Polícia Federal (PF) suspeitar de fraudes nos descontos de aposentados e pensionistas.
Em audiência, Lupi afirmou: "Eu nomeei o Dr. Stefanutto. Eu assumo todos meus atos." Um relatório da PF sugere que ele permitiu que os descontos continuassem, apesar de alertas de irregularidades.
Lupi admitiu que o INSS demorou a agir contra as fraudes e enfatizou que quem roubar aposentados deve ser punido. O esquema investigado pode envolver até R$ 6,3 bilhões.
Além de Stefanutto, quatro outros servidores foram afastados. Lupi, por sua vez, deve continuar no cargo, de acordo com o Palácio do Planalto.
Na audiência, destacou que não deve haver descontos nas aposentadorias e que o INSS irá ressarcir os beneficiários afetados, dependendo dos desdobramentos das investigações.
Resultados da operação Sem Desconto indicam que 11 associações podem estar envolvidas nos desvios. O INSS já suspendeu acordos de cooperação com essas entidades.