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Lupi diz que “atuou firme” contra fraude bilionária do INSS

Ministro da Previdência destaca firmeza no combate a descontos indevidos após investigação que revelou esquema de R$ 6,3 bilhões. Lupi reconhece demora nas apurações devido à redução de pessoal no INSS e reforça ações tomadas contra irregularidades.

Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (28.abr.2025) que “atuou firme” contra descontos indevidos em benefícios do INSS.

Uma investigação da Polícia Federal revelou que associações e sindicatos geraram R$ 6,3 bilhões de 2019 a 2024 com esse esquema.

Lupi declarou que não há acusações contra ele e reconheceu uma demora na apuração das denúncias. Uma auditoria mostrou que o INSS já havia sido alertado em setembro de 2024 sobre os descontos.

Ele justificou o atraso pela redução do número de funcionários no INSS, que caiu pela metade nos últimos 15 anos, restando cerca de 21.000 funcionários.

O ministro também demitiu o ex-diretor de benefícios sociais, André Fidelis, em 2024, em resposta às acusações. Lupi afirmou que a auditoria revelou que 54,56% dos descontos associativos ocorreram sem autorização dos beneficiários.

A auditoria avaliou os Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com entidades que realizavam descontos na folha de pagamento do INSS. O relatório apontou um repasse de R$ 3,07 bilhões de janeiro de 2023 a maio de 2024, impactando 7,69 milhões de beneficiários.

Sindicatos e associações cadastravam aposentados sem autorização, utilizando documentos falsos, o que permitiu os descontos automáticos.

A controladoria do INSS identificou que 70% das 29 entidades analisadas não apresentaram documentação completa.

A polícia afastou 6 pessoas e apreendeu bens de alto valor, incluindo carros de luxo, dinheiro, joias e obras de arte. Detalhes financeiros ainda estão em levantamento.

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PF