Lupi descarta saída de ministério após demissão de indicado ao INSS
Carlos Lupi garante permanência no cargo após demissão do presidente do INSS, envolvido em investigação de desvios. A Polícia Federal apreendeu bens e revelou irregularidades em acordos com sindicatos que afetavam aposentados.
Ministro da Previdência Carlos Lupi reafirma que não deixará o cargo após a demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
Stefanutto pediu demissão em 23 de abril de 2025, após ser alvo de investigação da Polícia Federal por desvios de R$ 6,3 bilhões em aposentadorias por sindicatos e outras entidades.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia solicitado sua dispensa, que foi formalizada como uma ordem no Diário Oficial da União.
Lupi havia indicado Stefanutto ao cargo em julho de 2023. Essa é a segunda demissão de um presidente do INSS em seu governo, a primeira foi Glauco Wamburg, em junho de 2023.
A operação "Sem desconto" cumpriu 211 mandados judiciais e 6 mandados de prisão em 13 Estados. Os crimes investigados incluem:
- Realização de Acordos de Cooperação Técnica (ACT) sem autorização;
- Descontos de "mensalidades associativas" na folha de pagamento;
- Falsificação de documentos e assinaturas para associar pensionistas.
A CGU identificou que 70% das entidades analisadas não entregaram documentação completa ao INSS.
Seis pessoas foram afastadas e a PF apreendeu carros de luxo, dinheiro, joias e quadros.
O governo suspendeu os ACTs das entidades associadas ao INSS. Aposentados e pensionistas podem solicitar a exclusão de descontos indevidos pelo Meu INSS.