Lupi defende servidores do INSS e admite demora para coibir fraudes bilionárias
Ministro defende equipe do INSS diante de denúncias de fraudes e aumenta fiscalização sobre descontos associativos. Carlos Lupi afirma que medidas foram tomadas após apuração de desvio de mais de R$ 6 bilhões.
Ministro da Previdência, Carlos Lupi, defendeu a equipe do INSS após denúncias de aumento de descontos associativos não autorizados em aposentadorias.
Esses desvios, apurados pela Polícia Federal, superam R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024. Após a operação, o presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, pediu demissão.
Lupi comentou que, dos investigados, cerca de 190 pertencem a associações e 10 a 15 ao INSS, afirmando que há pessoas sérias nas instituições. Ele admitiu conhecimento sobre as fraudes, mas justificou a demora na adoção de medidas pela lentidão do governo.
Negou estar omisso e ressaltou ações tomadas, como a demissão do diretor de Benefícios, André Fidelis, que não apresentou um relatório sobre o problema. A situação levou à criação de uma Instrução Normativa que resultou no cancelamento de mais de 2,4 milhões de autorizações de desconto.
Lupi observou que 10 associações concentram 65% dos descontos e utilizam estratégias agressivas para atrair novos membros. Ele explicou que mensalmente, 1 milhão de pessoas solicita benefícios, mas apenas 30% a 40%