Lula volta a acusar Israel de genocídio e condena novos assentamentos na Cisjordânia
Lula condena novos assentamentos de Israel na Cisjordânia e reforça crítica ao "genocídio" em Gaza. Palácio do Planalto emite nota de repúdio a planos considerados ilegais segundo o direito internacional.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, neste domingo, 1º, que a guerra em Gaza é um “genocídio”. Ele criticou a criação de 22 novos assentamentos de Israel na Cisjordânia, anunciada na quinta-feira, 29.
O Palácio do Planalto publicou uma nota condenando o plano “nos mais fortes termos”. A declaração foi feita no 16° congresso do PSB, que elegeu João Campos como novo presidente do partido.
Em declarações anteriores, Lula afirmou que Israel comete genocídio ao matar crianças e mulheres em Gaza. A Conib reagiu, acusando-o de antissemitismo.
“Um exército altamente militarizado matando mulheres e crianças não é uma guerra, é um genocídio”, disse Lula. Ele leu a nota do governo, que classificou o plano israelense como “flagrante ilegalidade” e contrário ao direito internacional.
O governo israelense, através do ministro Bezalel Smotrich, anunciou que os assentamentos estão localizados na Judeia e Samaria, nome usado por alguns israelenses para a Cisjordânia. A iniciativa foi criticada pela ONG Paz Agora.
Duas das colônias, Homesh e Sa-Nur, são simbolicamente importantes, pois foram esvaziadas em 2005. A coalizão liderada por Binyamin Netanyahu é considerada a mais extremista da história de Israel.