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Lula viaja a Honduras para discutir tarifas de Trump; reação da Celac é incerta

Lula chega a Honduras com foco em integrar o Brasil na Celac e rechaçar políticas de Trump. Apesar das expectativas, uma resposta unificada ao tarifaço e às deportações é considerada improvável devido à fragmentação política da região.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Tegucigalpa, Honduras, na terça-feira (8) à noite para a IX Cúpula da Comunidade de Países Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

O foco do discurso de Lula é criticar as políticas comerciais e migratórias do presidente americano Donald Trump, especialmente um semana após o tarifaço global e as deportações em massa de imigrantes latinos.

O Itamaraty considera improvável uma reação conjunta ao governo Trump, dado o contexto de fragmentação política na região.

Lula busca **recuperar influência** e demonstrar prioridade à integração regional, incluindo interesses brasileiros em maior participação nos mercados regionais e produtos além do agronegócio.

A Celac tem um comércio de US$ 86 bilhões com o Brasil. O governo acredita que as políticas tarifárias de Trump podem impulsionar a integração comercial entre países afetados.

Porém, diferenças políticas podem dificultar uma unidade comum, sendo que países como El Salvador se alinham com a visão americana, e a maioria dos membros da Celac apresenta realidades econômicas variadas.

A cúpula não deve resultar em um manifesto enfático contra Trump, devido à dependência econômica de alguns países em relação aos EUA e a divergências políticas internas.

As remessas de imigrantes da América Latina somaram US$ 154,4 bilhões em 2023, com o México representando 41% desse total.

A questão migratória e as deportações são temas centrais na Celac, mas as reações variam entre os países, refletindo suas diferentes realidades sociais e econômicas.

Além dos líderes de esquerda, como Claudia Scheinbaum e Gustavo Petro, a ausência de líderes conservadores na cúpula reforça a cisão política na região.

Lula também propondo uma candidatura feminina à sucessão de António Guterres como secretário-geral da ONU, mas enfrenta entraves entre governos de direita que podem bloquear essa pauta.

Agenda de Lula em Honduras:

  • 8/4 – Chegada a Tegucigalpa e coquetel com chefes de Estado e governo.
  • 9/4 – Discurso na IX Cúpula da Celac e reuniões bilaterais.
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