Lula viaja a Honduras para discutir tarifas de Trump; reação da Celac é incerta

Presidente Lula em Honduras

Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Honduras na terça-feira, 8, para a Cúpula da Celac, sua terceira participação no atual mandato.

O discurso de Lula tem foco em repúdio às políticas comerciais e migratórias do presidente dos EUA, Donald Trump, especialmente após a deportação em massa de imigrantes latino-americanos.

Reação conjunta do bloco a Trump é considerada improvável devido à fragmentação política na região.

O governo vê a viagem como oportunidade para reafirmar o multilateralismo e as regras de livre comércio, além de tratar da COP-30 em Belém.

A comunidade da Celac tem comércio de US$ 86 bilhões com o Brasil, mas a integração regional é desafiada pelo poder de compra baixo na maioria dos países.

Desde sua volta ao poder, Lula busca reativar organismos de coordenação regional, enfrentando divergências políticas significativas.

Embora a presença americana não faça parte da agenda oficial, o tema deve dominar a cúpula, refletindo a nova postura dos EUA sob Trump.

As políticas de Trump são vistas como fontes de instabilidade política na América Latina. As imposições de tarifas comerciais e deportações afetam a maioria dos países da Celac.

A unidade na declaração da cúpula é considerada frágil, dado que vários países buscam acordos bilaterais e as realidades econômicas diferem amplamente.

No cerne das discussões também está a questão das remessas de imigrantes, que alcançaram US$ 154,4 bilhões em 2023, impactando as economias da região.

A ativação de um novo candidato à ONU e a prioridade da pauta de gênero também fazem parte da agenda de Lula, que enfrenta desafios em unir diferentes governos em relação a esses temas.

Agenda de Lula em Honduras:

• 8/4: Chegada a Tegucigalpa e coquetel de líderes.
• 9/4: Discurso na Cúpula da Celac e reuniões bilaterais.