Lula turbina salários de 323 aliados com cargos em conselhos
Governo Lula nomeia aliados em conselhos de estatais, garantindo rendimentos extras significativos. Cargos são ocupados por políticos e apadrinhados, levantando questões sobre a qualificação dos conselheiros.
Governo Lula Indica 323 Aliados a Conselhos de Estatais
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou 323 aliados para conselhos de estatais e empresas privadas, garantindo renda extra significativa.
Esses cargos geram remunerações que ultrapassam R$ 80 mil. Beneficiados incluem ministros, secretários-executivos, chefes de gabinete, e ex-parlamentares do PT.
O Planalto defendeu que as nomeações seguem a Lei das Estatais e são avaliadas por comitês de elegibilidade. A arrecadação dos novos conselheiros foi mapeada através de mais de 40 pedidos de informação.
Conselhos desempenham papéis estratégicos. Embora em negócios privados os integrantes sejam altamente qualificados, nas estatais muitos são nomeados por apadrinhamento político.
Exemplos incluem Débora Raquel Cruz Ferreira, chefe de gabinete da SEST, e Lucas Monteiro Costa Dias, conselheiro fiscal da Caixa Cartões, que tem experiência limitada.
A indicação para essas funções não se restringe a políticos do Executivo, mas também inclui figuras do Congresso. Por exemplo, Ana Paula de Magalhães e Micheline Xavier Faustino, ligadas ao Senado, ocupam postos na PPSA e outras estatais.
A presença de ministros em conselhos também é significativa. A Itaipu Binacional abriga cinco ministros, enquanto o Sistema S oferece cargos adicionais com ganhos mensais expressivos.
Especialistas questionam a qualidade das decisões administrativas quando aliados ocupam esses cargos sem a experiência técnica adequada.
Conclusão: As nomeações revelam um padrão de apadrinhamento político na administração das estatais e evidenciam a busca por apoio à base aliada, impactando a governança e a eficiência das decisões estratégicas.