Lula reservou R$ 9 bi de emendas em pior momento com Congresso
Governo federal intensifica liberação de emendas a congressistas em meio a desafios legislativos. Apesar do aumento das liberações, a relação com o Congresso se deteriora, evidenciada pela recente rejeição à alta do IOF.
O governo Lula acelera liberação de emendas neste 2º semestre de 2025, com R$ 9,7 bilhões empenhados até 17 de julho. Destes, 93% foram liberados nos últimos 30 dias.
A destinação intensa dos recursos começou em junho, após reclamações de congressistas, que buscam obras para as eleições em 2026.
A ministra Gleisi Hoffmann é responsável pela articulação política. O governo alega que o atraso na liberação se deu pela aprovação tardia da Lei Orçamentária Anual, em março.
Até agora, 19,2% dos R$ 50,3 bilhões do orçamento de 2025 estão reservados. Contudo, apenas R$ 2,9 bilhões foram efetivamente pagos (5,7% do total).
Apesar da liberação intensa, o governo enfrentou derrotas, como a suspensão do aumento do IOF. Um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) foi aprovado pela Câmara, com 383 votos contra o governo.
A AGU anunciou que recorrerá ao STF contra a medida, aumentando a tensão entre Executivo e Legislativo. O ministro Alexandre de Moraes decidiu manter o decreto de Lula, marcando uma grande derrota ao Congresso.
Os deputados e senadores estão agora de recesso até agosto. A execução das emendas segue três etapas: empenho, liquidação e pagamento.
Os partidos com mais de R$ 1 bilhão em emendas são: PL, PT, PSD e União Brasil. Na sequência, aparecem MDB, PP e Republicanos.
Estados com mais emendas empenhadas: