Lula reconhece ‘clima muito ruim’ na Câmara enquanto tenta aumentar impostos
Lula critica clima de hostilidade na Câmara e defende isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. O presidente ressalta a importância de políticas que promovam igualdade social e reestruturação econômica no Brasil.
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu, nesta quinta-feira, 12, em discurso em Mariana (MG), que há um “clima muito ruim” na Câmara dos Deputados. Ele busca aprovar um aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Lula criticou deputados que usam celulares para “falar bobagem” e destacou um momento de “raiva no ar”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve um embate com os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ) durante a audiência, a qual teve sua ordem tumultuada.
Lula afirmou que sua gestão enviou um projeto de lei ao Congresso que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil, mencionando uma “decadência e destruição” no país após o impeachment de Dilma Rousseff.
Ele também criticou a desindexação do salário mínimo de benefícios sociais, dizendo que o crescimento do PIB é um reflexo da riqueza produzida pelos mais pobres.
Nesta quinta, Lula participou de uma cerimônia para anunciar os avanços do Acordo Rio Doce em Minas Gerais, que visa reestruturar a região da Barragem do Fundão.
Sobre a Vale, Lula declarou que a nova diretora da companhia está em diálogo com o governo e movimentos sociais, enfatizando que a Vale “é do Brasil” e não o contrário.
Ele ressaltou que a mineradora caiu de posição durante os mandatos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, e mencionou sua força quando era estatal.
Além disso, Lula afirmou que não foi eleito para beneficiar os ricos, que usufruem de R$ 860 bilhões em isenções fiscais, ressaltando a oportunidade para os mais pobres.