Lula pede diagnóstico sobre medicamentos importados dos EUA após tarifaço de Trump
Lula busca informações sobre a indústria farmacêutica e a capacidade de produção nacional em resposta ao aumento de tarifas imposto pelos EUA. O presidente orienta sua equipe a avaliar medidas para proteger a economia brasileira sem medidas de retaliação imediatas.
Presidente Lula (PT) solicitou à sua equipe um diagnóstico sobre a indústria farmacêutica, após o decreto de Donald Trump que impõe tarifa adicional de 40% sobre produtos importados do Brasil, elevando a sobretaxa para 50%.
Na reunião de ministros, Lula pediu informações sobre medicamentos importados dos EUA e insumos necessários para a fabricação.
O presidente busca dados sobre a possibilidade de compra de medicamentos de outros países, mesmo se patenteados nos EUA, e sobre a capacidade de produção nacional.
A Lei da Reciprocidade permite a fabricação de medicamentos importados em caso de ameaça à economia, mas não está em discussão a quebra de patentes nesta situação.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou da reunião, mas Lula não discutiu retaliações ao decreto de Trump, focando em relações comerciais e parceiros no setor farmacêutico.
Lula enfatizou a necessidade de cautela nas intervenções econômicas, que devem ser "cirúrgicas e anunciadas em blocos".
A Casa Civil e o Ministério da Fazenda vão definir medidas para minimizar o impacto do tarifaço, priorizando setores vulneráveis. Na próxima semana, Lula discutirá medidas para proteger os trabalhadores.
O decreto de Trump lista quase 700 exceções que isentam 43% do valor de itens brasileiros exportados, incluindo derivados de petróleo e suco de laranja, enquanto carnes e café não estão isentos.
Lula criticou a t tentativa de interferência do governo americano na Justiça brasileira, demonstrando apoio ao ministro Alexandre de Moraes, alvo de sanções de Trump, e denunciando ações de "políticos traidores" da pátria.