Lula nega erro em decreto do IOF, mas admite que faltou articulação com Congresso
Lula destaca a necessidade de diálogo com o Congresso após anúncio do IOF, que gerou desgastes. O presidente defende o ministro Haddad e assegura que políticas econômicas devem ser conduzidas com responsabilidade.
Presidente Lula afirmou que não considera um erro o decreto que aumentou o IOF, mas reconheceu falta de diálogo prévio com lideranças do Congresso.
Em coletiva em Brasília, Lula explicou que a medida foi anunciada rapidamente para oferecer tranquilidade à sociedade, mas isso gerou desgaste desnecessário.
“Toda vez que a gente toma uma atitude sem conversar... a gente pode cometer erros”, disse. Ele defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltando que não houve resistência em revisar a proposta.
O presidente mencionou uma reunião com Haddad e líderes do Congresso para discutir um pacote de medidas fiscais, incluindo uma PEC, um projeto de lei e uma medida provisória, como alternativas ao decreto do IOF.
Lula destacou a necessidade de conduzir a política econômica com responsabilidade e sem improvisos, reiterando que “em economia não tem mágica”.
O decreto, editado em 22 de maio, aumentou alíquotas sobre cartões internacionais e compra de moeda. Ele foi parcialmente revertido, mas ainda é alvo de mais de 20 projetos de decreto legislativo. O presidente da Câmara, Hugo Motta, deu prazo até esta semana para o governo apresentar alternativas.