Lula nega erro da Fazenda com aumento do IOF e busca acordo com Congresso para solucionar impasse
Lula defende aumento do IOF e minimiza críticas, destacando a necessidade de diálogo com o Congresso. O presidente se reunirá com líderes partidários para discutir alternativas e evitar a derrubada do decreto que é crucial para o orçamento do governo.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta terça-feira (3), a elevação do IOF em operações de risco sacado, apesar da forte reação negativa do mercado e do Congresso.
Lula afirmou que “não deu tempo” para uma discussão mais aprofundada. Ele elogiou sua equipe, isentando o ministro Fernando Haddad de falhas. O aumento do IOF, implementado via decreto em maio, gerou uma crise e levou o presidente da Câmara, Hugo Motta, a exigir a suspensão imediata da cobrança.
O Congresso deu um prazo de dez dias para o governo apresentar uma alternativa, evitando a votação de um projeto para derrubar o decreto presidencial.
Lula ressaltou a importância do diálogo e confirmou um almoço com os presidentes da Câmara e do Senado, além de líderes partidários, para discutir o tema. Medidas alternativas poderão ser divulgadas após a reunião.
Em uma crítica ao Senado, Lula mencionou o non cumprimento de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a desoneração da folha de pagamento.
A manutenção do decreto é crucial para o governo, que estima uma redução de R$ 72,4 bilhões no orçamento caso a medida seja derrubada, afetando investimentos e funcionamento da máquina pública.
O ministro Fernando Haddad já havia expressado preocupação, destacando o risco para o funcionamento do Estado. A urgência na resolução do impasse é elevada, com Lula programado para viajar à França.