Lula janta com 6 dos 11 ministros do STF após sanção dos EUA
Lula se une a ministros do STF em defesa de Alexandre de Moraes após sanções impostas pelos EUA. A reunião busca demonstrar a soberania do Brasil frente à pressão externa e reforçar a unidade entre os Poderes.
Reunião com Ministros do STF
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na quinta-feira (31.jul.2025) com seis ministros do STF no Palácio da Alvorada, em Brasília. O objetivo foi demonstrar solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, que foi colocado na Lei Magnitsky pelo governo americano de Donald Trump.
A reunião contou com a presença de:
- Edson Fachin
- Cristiano Zanin
- Gilmar Mendes
- Flávio Dino
- Roberto Barroso (presidente do STF)
Dos 11 ministros convidados, apenas os acima mencionados compareceram, pois alguns estavam fora de Brasília. A reunião foi articulada entre Lula e Barroso, que se encontraram na quarta-feira (30.jul) para discutir a situação após as medidas tomadas pelos Estados Unidos contra o Brasil.
A intenção de Lula e Barroso era criar uma imagem de unidade entre os Poderes e enfatizar a soberania do Brasil diante de sanções externas. Essa estratégia visa melhorar a taxa de aprovação do governo.
Resposta a Medidas dos EUA
O encontro é uma resposta do Executivo e Judiciário às ações dos Estados Unidos que pressionam o Brasil a interromper o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de tentar um golpe de Estado em 2022.
Além de Lula e dos ministros do STF, também estiveram presentes:
- Ricardo Lewandowski (ministro aposentado do STF)
- Jorge Messias (advogado-geral da União)
Messias estuda uma ação na Justiça dos EUA contra a aplicação da Lei Magnitsky no caso de Moraes, mas os detalhes ainda não estão claros. O advogado especialista Michel Diaz afirmou que o processo para reverter as sanções pode demorar anos.
Controvérsias e Ações Futuras
Moraes não pode recorrer na Justiça americana, mas pode solicitar ao Ofac a remoção de seu nome da lista, o que exigiria a contratação de um advogado nos EUA.
Ele precisaria apresentar evidências que contestem as alegações de que "usou seu cargo para autorizar detenções arbitrárias e suprimir a liberdade de expressão".
Por fim, em um evento simbólico com ministros e governadores, menos de um mês após sua posse, Lula havia verificado os danos causados pela invasão à sede do Judiciário em 8 de janeiro.