Lula está disposto a encontrar Zelenski no G7, e reunião depende de agenda
Lula deve se encontrar com Zelenski durante a cúpula do G7 no Canadá, marcando a segunda reunião entre os presidentes. O encontro visa discutir a guerra da Ucrânia e a possibilidade de uma mediação brasileira no conflito.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está disposto a aceitar reunião privada com o líder da Ucrânia, Volodimir Zelenski, durante a cúpula do G7 no Canadá.
A confirmação da reunião depende da definição de data e hora que atenda à agenda de ambos. Lula deve chegar a Kananaskis na próxima segunda-feira (16) e a sessão do G7 ocorrerá na terça-feira (17).
O G7 é composto por:
- Estados Unidos
- Alemanha
- França
- Reino Unido
- Japão
- Itália
- Canadá
A União Europeia também participa, e entre os convidados estão:
- África do Sul
- Austrália
- Coreia do Sul
- Emirados Árabes Unidos
- Índia
- México
Zelenski foi convidado por Mark Carney, primeiro-ministro do Canadá, para discussões sobre a Guerra da Ucrânia.
Se a reunião for confirmada, será a segunda entre Lula e Zelenski; a primeira ocorreu na Assembleia-Geral das Nações Unidas em setembro de 2023.
Na cúpula do G7 em Hiroshima, uma reunião não aconteceu devido a desentendimentos entre os dois líderes. Lula e Zelenski se culparam mutuamente pelo cancelamento.
Auxiliares de Lula planejam reuniões bilaterais no Canadá, incluindo encontros com Carney e o novo premiê da Alemanha, Friedrich Merz.
Desde que assumiu em 2023, Lula busca se posicionar como um possível mediador no conflito da Ucrânia. Suas declarações iniciais, vistas como pró-Moscou, geraram críticas de países ocidentais.
Meses depois, Lula e o assessor Celso Amorim tiveram conversas com a China sobre uma possível negociação de paz na Ucrânia, um plano rejeitado por Zelenski.
Zelenski criticou Lula, alegando que o Brasil perdeu a oportunidade de mediar acordos. Em 2024, Lula se empenhou novamente no tema, tentando intermediar um cessar-fogo durante uma ligação a Putin.
Aliados de Lula acreditam que a mudança no cenário da guerra, com a possível vitória de Donald Trump, levou a Ucrânia a reavaliar sua postura e buscar aproximação com países que possam dialogar com Moscou.