‘Lula, em vez de ajudar, reforça crítica externa contra agronegócio’, diz ex-ministro da Agricultura
Antonio Cabrera critica o governo Lula e destaca a importância do agronegócio brasileiro no cenário global. Ele aponta a necessidade de uma defesa mais eficaz do setor e uma alteração na narrativa em torno da agricultura no país.
Antonio Cabrera Mano Filho, 64 anos, é um veterano do agronegócio brasileiro, liderando o Grupo Cabrera, com 50 mil hectares cultivados. Formado em veterinária, foi ministro da Agricultura e já se candidatou ao governo de São Paulo.
Cabrera critica as ações do governo Lula, afirmando que muitas são contrárias ao agronegócio. Ele destaca que alimentos são uma questão de soberania e critica declarações do presidente sobre defensivos agrícolas.
Segundo ele, o Brasil, maior produtor de alimentos, não pode ser acusado de produzir “com veneno”. Argumenta que o uso de defensivos é menor do que em outros países, e que o orgânico não é sinônimo de saudável.
Cabrera defende o marco temporal e critica a resistência do governo a projetos como a Ferrogrão, essencial para o escoamento da produção agrícola, que ele considera um exemplo de descarbonização.
Ele afirma que o Brasil se torna mais importante na geopolítica alimentar e critica a decisão de zerar alíquotas de importação de alimentos, considerando que o agro está pronto para a competição.
A nova lei ambiental tem sido mal interpretada, segundo Cabrera, e é controversa entre a necessidade de modernização e a conservação ambiental. Ele também critica a atitude de Lula em relação ao MST e a necessidade de titulação de terras para promover segurança jurídica e produção agrícola.
Por fim, Cabrera destaca a importância da exportação de alimentos para a balança comercial e a redução da desigualdade nas áreas onde o agronegócio predomina, desafiando a percepção negativa que muitos setores têm sobre a agricultura.