Lula eleva tom contra Trump e retarda solução para tarifaço
Lula intensifica críticas a Trump enquanto negociações sobre tarifas ficam paralisadas. A crescente tensão prejudica o ambiente diplomático entre Brasil e Estados Unidos, com Lula reafirmando a postura de não aceitar "chantagem".
Presidente Lula intensifica críticas a Donald Trump
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou suas críticas ao presidente dos EUA, Donald Trump, dificultando negociações sobre as tarifas de 50% impostas em 9 de julho sobre produtos brasileiros, que entram em vigor em 1º de agosto.
Desde o início de seu mandato, a relação Brasil-EUA era mais amistosa, mas Lula afirmou que o Brasil “ainda” não está em uma guerra tarifária. Ele declarou: “Nós não estamos numa guerra tarifária” e mencionou que Trump impôs condições inadequadas.
No evento em Minas Novas (MG), Lula disse que Trump não quer dialogar sobre tarifas e que o Brasil dará uma resposta à altura se não houver retorno. Ele mencionou a possibilidade de usar a Lei da Reciprocidade Econômica.
Apesar de criticar a falta de diálogo, o governo Lula não procurou Trump desde o início de sua administração. A relação entre os países tem sido protocolar desde o “tarifaço”.
Em fevereiro de 2023, durante visita a Biden, Lula expressou o desejo de reestabelecer a relação Brasil-EUA. Durante as eleições de 2024, Lula apoiou Kamala Harris e criticou uma possível eleição de Trump.
Após a vitória de Trump em novembro, Lula enviou congratulações, mas desde então não houve conversas entre eles, apesar de uma oportunidade durante o G7, quando Trump deixou a cúpula mais cedo.
Em abril, Trump impôs uma tarifa de 10% sobre produtos brasileiros, levando Lula a afirmar que Trump estava “dando um cavalo de pau” no mundo. Com o aumento das tarifas, Lula disse que contatará Trump apenas “quando houver necessidade”.
As críticas de Lula a Trump se intensificaram, com Lula afirmando que Trump não deveria tentar “interferir” nos processos judiciais brasileiros. O presidente brasileiro qualificou as taxas como uma “chantagem inaceitável”.
Lula destacou que o Brasil está aberto ao diálogo, tendo realizado mais de 10 reuniões com EUA, mas foi recebido com “informações falsas” e ameaças às instituições brasileiras.