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Lula e Moraes elevaram o tom e irritaram a Casa Branca

Escalada de tensões entre Brasil e EUA dificulta negociações comerciais. A Casa Branca reage com irritação a declarações de Lula e Moraes, comprometendo esforços para adiar tarifas de importação.

Manifestações de autoridades brasileiras aumentam tensão com os EUA

A última semana viu duas declarações de líderes brasileiros que irritaram a Casa Branca e podem comprometer as negociações para adiar a nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que começa em 1º de agosto de 2025.

Primeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que Donald Trump poderia ser preso no Brasil por suas ações, durante um discurso a estudantes em Goiânia.

Em sequência, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, afirmou em um despacho que os EUA são "inimigos estrangeiros", referindo-se à atuação da família Bolsonaro junto a autoridades norte-americanas.

Lula declarou: “Se Trump tivesse feito no Brasil o que fez no Capitólio, certamente estaria sendo processado e poderia ser preso.” Moraes defendeu a independência do Poder Judiciário e o respeito à soberania nacional.

A Casa Branca interpretou o despacho de Moraes como uma hostilidade em relação aos EUA, o que eleva a tensão entre os países.

A proposta de uma trégua nas negociações comerciais retrocedeu devido a essas declarações e às medidas restritivas impostas a Bolsonaro, consideradas autoritárias por Washington.

Histórico de relações: As relações entre Brasil e EUA sempre foram amistosas. No entanto, Lula nunca priorizou o diálogo com Trump, classificando-o como parte de um “nazismo e fascismo com outra cara” e preferindo apoiar a democrata Kamala Harris.

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, sem grande influência em Washington, tenta agora reiniciar as negociações, enquanto a embaixadora brasileira em Washington, Maria Luiza Viotti, retoma contatos após interromper férias.

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