Lula e Haddad são derrotados por 346 a 97 votos na urgência do IOF
Câmara aprova urgência para revogar aumento do IOF e pressiona governo Lula. Ministro da Fazenda enfrenta um revés, enquanto Congresso discute compensações para perdas orçamentárias.
Câmara dos Deputados aprova, em 16.jun.2025, requerimento de urgência do PDL 314/2025, com 346 votos a 97, revogando decreto que aumenta o IOF.
A proposta poderá ser votada no plenário a qualquer momento e representa uma derrota para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A ministra Gleisi Hoffmann e o ministro Rui Costa tentaram reverter a situação, mas os congressistas não cederam.
Deputados pretendem anexar outros PDLs ao texto para barrar o aumento do IOF.
Não há data definida para a votação. Um acordo foi feito para que não ocorra nesta semana, devido ao recesso informal de São João.
O Executivo terá duas semanas para reagir à situação. Haddad retorna das férias em 22 de junho.
Oposição sugere devolver o texto ao governo e usar reservas de dividendos de empresas estatais para compensar perdas com o IOF.
Gleisi e governistas afirmam que, se o decreto for derrubado, uma solução seria contingenciar emendas.
Essa decisão pode deteriorar ainda mais a relação entre governo e Congresso.
Haddad não divulgou estimativa de arrecadação com o novo decreto do IOF, mas prevê cerca de R$ 6 a R$ 7 bilhões em 2025.
Sem compensação, o governo enfrentará menos recursos para a máquina pública e restrições orçamentárias.
Durante negociações, a equipe econômica alertou que contingenciamento poderia afetar funcionamento do poder público.
Os partidos PT, PV, PC do B, Psol e Rede orientaram voto contra a urgência, enquanto União Brasil, PP, PSD e PDT votaram a favor.