Lula dribla público e imprensa e faz visita relâmpago ao Vaticano

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a Roma nesta sexta-feira (25) para visitar o velório do papa Francisco. A visita foi rápida, com duração de cerca de meia hora.

O Vaticano organizou um circuito VIP para a delegação, permitindo que alguns líderes, incluindo o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, prestassem homenagem de forma próxima ao caixão.

Lula lidera uma comitiva de 18 pessoas, incluindo a primeira-dama Rosângela da Silva e presidentes do STF, Câmara e Senado. A ex-presidente Dilma Rousseff também se juntou ao grupo.

No portão da embaixada brasileira, brasileiros e jornalistas aguardavam a saída do presidente. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, foi aplaudido por seus esforços em interagir com o público. Contudo, um protesto gritando "sem anistia" apareceu, relacionado a uma proposta de perdão para condenados pelos ataques em Brasília.

Lula deixou a embaixada sem ser visto, frustrando apoiadores. Um encontro com jornalistas foi cancelado sem explicações, embora assessores tenham mencionado a exaustão da viagem.

Lula e Janja estão hospedados na embaixada, enquanto a comitiva se distribui pela cidade, que está cheia de peregrinos devido ao Jubileu, evento católico a cada 25 anos.

No funeral do papa, que acontece neste sábado (25), apenas Lula, Janja, Barroso e os presidentes do Senado e da Câmara terão assento na área destinada às autoridades. A comitiva acompanhará o evento de outras áreas.

Após a missa, Lula embarca de volta ao Brasil sem retornar à embaixada, que está a cerca de 1,5 km do Vaticano.