Lula diz que vai 'cobrar imposto das empresas digitais', em resposta ao tarifaço de Trump
Lula critica taxação de Trump e reitera disposição para negociação, enquanto responsabiliza Bolsonaro por crise. Presidente defende soberania do Brasil e promete cobrar impostos de empresas americanas digitais.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, pela decisão de taxar em 50% produtos brasileiros. Lula afirmou que não aceita "ordem de gringo" e está disposto a negociar.
Durante abertura do 60º Congresso da UNE, Lula responsabilizou Jair Bolsonaro como "patriota falso" e "traidor", mencionando a carta de Trump que condiciona a suspensão das taxas à "libertação de Bolsonaro".
Lula enfatizou que o Brasil não aceitará interferência estrangeira nos seus problemas internos e prometeu cobrar imposto das empresas digitais americanas. Ele comentou sobre o julgamento de membros das Forças Armadas e a responsabilidade de Bolsonaro por mortes na pandemia.
O presidente se disse tranquilo em relação ao tarifaço, mencionando negociações em andamento com os EUA, lideradas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Lula expressou confiança em sua habilidade de negociação em comparação com Trump.
Ele criticou a forma como a medida foi comunicada, afirmando que a carta de Trump não contempla negociação e tem um tom claro de imposição. Lula também ironizou as articulações do bolsonarismo nos EUA, referindo-se à família de Bolsonaro como "traidores".
Por fim, Lula ressaltou o patriotismo, usando um boné com a frase "Brasil soberano nos une", e declarou que a bandeira do país deve ser do povo brasileiro, reforçando que "aqui quem manda somos nós".