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Lula diz que Trump não é 'imperador do mundo', e Casa Branca responde

Lula critica tarifas de Trump e rejeita imposições nas relações entre Brasil e EUA. O presidente destaca a importância de negociar em igualdade e reafirma o objetivo de diversificar os parceiros comerciais do Brasil.

Tensões entre Brasil e EUA: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o presidente Donald Trump em entrevista à CNN, afirmando que ele "não foi eleito para ser imperador do mundo".

Essa é a primeira entrevista de Lula à TV americana desde que Trump anunciou, em 12 de julho, uma tarifa adicional de 50% sobre importações brasileiras.

Lula disse que, se Trump fosse brasileiro, "também seria julgado" por sua participação em eventos do Capitólio e, se violasse a Constituição, estaria preso. Ele reagiu à carta de Trump, que anunciou as tarifas, dizendo: "Achei que fosse fake news".

O presidente brasileiro declarou que não quer ser "refém dos EUA" e que o Brasil está disposto a negociar, mas não aceitará imposições. "O Brasil valoriza suas relações econômicas, mas não aceitará imposições", reiterou.

Lula negou ver Trump como um "político de extrema direita", mas como um chefe de Estado. Ele enfatizou que é fundamental sentar à mesa para conversas, embora Trump tenha demonstrado falta de interesse nas negociações.

Segundo Lula, o Brasil já diversifica seus parceiros comerciais e defende o fortalecimento do Brics. "O BRICS não foi criado para brigar com o Norte, mas para discutir problemas de forma pacífica", afirmou.

Reação da Casa Branca: A porta-voz Karoline Leavitt respondeu afirmando que Trump não busca ser imperador, mas é um "líder forte com influência global". Ela também criticou o Brasil por práticas ambientais.

Sobre as tarifas, Leavitt disse que essas medidas visam proteger os interesses americanos. O governo dos EUA está investigando se políticas brasileiras prejudicam as big techs.

Impostos sobre big techs: Lula anunciou que o Brasil começará a cobrar impostos das empresas de tecnologia dos EUA, mas não detalhou como.

Ele criticou a postura de Trump nas negociações internacionais, afirmando: "Eu sei negociar" e que suas experiências comprovam isso.

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