Lula diz que não cederá à pressão dos EUA e que vai cobrar imposto das empresas americanas digitais
Lula reafirma a soberania brasileira ao garantir que o país cobrará impostos de empresas digitais dos EUA. Presidente critica tarifas de Trump e destaca a importância da regulação das redes sociais para proteger a população.
Presidente Lula reafirma resiliência do Brasil frente à pressão dos EUA sobre regulação de plataformas digitais.
Durante o 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes em Goiânia, Lula declarou que o Brasil não aceitará as exigências da Casa Branca para diminuir a regulação e a tributação das empresas de redes sociais. Ele enfatizou que impostos serão cobrados das empresas digitais americanas.
Em referência a Donald Trump, Lula criticou a tarifa de 50% imposta aos produtos brasileiros e defendeu a soberania do Brasil. “O dono do Brasil é o povo brasileiro”, afirmou.
Lula abordou a regulação no Supremo Tribunal Federal, destacando a importância de proteger grupos vulneráveis como crianças, mulheres e negros de conteúdos nocivos. Ele elogiou ações de outros países que implementaram impostos sobre serviços digitais.
A crítica do governo americano foi destacada em um documento que apontou que políticas brasileiras prejudicam empresas de tecnologia dos EUA, restringindo a liberdade de expressão.
O presidente brasileiro comparou sua experiência em negociação à de Trump, afirmando que “não é um gringo que vai dar ordem para este presidente da República”. Ele foi ovacionado quando mencionou Trump e utilizou uma metáfora do jogo truco para reforçar sua posição.
Lula também fez referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro, chamando-o de “traidor” e responsabilizando-o, junto ao filho Eduardo, pela tarifação imposta por Trump. Ele declarou que Bolsonaro será julgado não por sua vontade, mas pela delação de seus aliados.
As negociações com os EUA estão sendo lideradas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que buscam estabelecer acordos e reverter a tarifa em vigor, com reuniões já realizadas com setores produtivos afetados.