Lula diz que guerra tarifária vai começar quando responder ao Trump, 'se ele não mudar de opinião'
Lula critica sanções dos EUA e avisa que a guerra tarifária pode começar em breve. O presidente enfatiza a defesa dos interesses brasileiros em meio à pressão americana e o contexto democrático da cúpula em Santiago.
Presidente Lula eleva o tom sobre sanções dos EUA
Nesta segunda-feira, Luiz Inácio Lula da Silva criticou as sanções impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros e a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A guerra tarifária vai começar" quando eu responder ao presidente Donald Trump, afirmou Lula. Ele ressaltou que as condições propostas por Trump para reverter o "tarifaço" não são adequadas.
O presidente brasileiro destacou a importância de considerar os interesses do Brasil em sua resposta: “Chefes de Estado precisam conversar”, disse, lembrando da necessidade de defender o país.
A nova taxação de 50% sobre produtos nacionais começará em 1º de agosto, conforme anunciado por Trump nas redes sociais. A medida pode impactar empresas, indústrias e o agronegócio brasileiro.
Trump também exigiu que o Brasil cesse a "caça às bruxas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula fez esses comentários após participar de uma reunião em Santiago, no Chile, chamada “Democracia Sempre”, que discutiu a defesa da democracia e da soberania nacional.
O evento, organizado pelo presidente Gabriel Boric, incluiu líderes de países como Colômbia, Espanha e Uruguai. Este é o segundo encontro do grupo, que busca unir presidentes de esquerda contra a extrema-direita.
A próxima reunião ocorrerá em setembro, na Assembleia-Geral da ONU em Nova York.