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Lula discute impasse sobre o IOF com Hugo Motta

Lula e Hugo Motta discutem medidas tributárias em meio a impasse entre governo e Congresso. A reunião visa encontrar uma solução para a revogação do aumento do IOF e suas implicações fiscais.

Reunião entre Lula e Hugo Motta

No sábado (14.jun.2025), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com o presidente da Câmara, Hugo Motta, no Palácio da Alvorada, por cerca de duas horas.

O foco da reunião foi a medida provisória (MP) enviada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que compensa a revogação parcial do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) com o aumento de outros tributos.

A reunião ocorreu em meio a um impasse entre o Planalto e o Congresso. Motta agendou para segunda-feira (16.jun) a urgência do PDL (projeto de decreto legislativo) que busca revogar o decreto sobre o IOF.

O avanço na urgência ocorreu após a publicação da MP fiscal em quarta-feira (11.jun), que desagradou a parte da base aliada, estabelecendo tributação em investimentos isentos, como LCI e LCA.

Além de Lula e Motta, participaram Gleisi Hoffmann (ministra da Secretaria de Relações Institucionais) e Rui Costa (ministro da Casa Civil). O encontro não constava na agenda oficial de Lula.

A MP e o decreto foram anunciados após uma reunião de líderes partidários no domingo (8.jun). Motta, que havia classificado o encontro como “histórico”, começou a criticar o texto, afirmando que “não foi eleito para servir ao projeto político de ninguém”.

Apesar das críticas, Haddad adotou um tom conciliador, dizendo que as reações demonstram “prudência”. O governo atendeu algumas demandas, como a redução de taxas sobre risco sacado e regras flexíveis para Previdência privada.

A estimativa de arrecadação com o novo decreto é de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões em 2025. No Senado, cresceu a resistência à MP, com senadores criticando a tributação de LCI e LCA, agora taxadas em 5% no Imposto de Renda.

Por outro lado, medidas como o aumento da alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para fintechs e a taxação de apostas esportivas receberam apoio parcial.

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