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Lula deve equilibrar aproximação com China para não ser vista como antagonismo aos EUA, diz Azevêdo

Azevêdo destaca a importância de um equilíbrio nas relações do Brasil com China e EUA. O embaixador alerta para os riscos de impacto econômico global em meio a tensões comerciais.

Embaixador Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da OMC, ressalta a importância do equilíbrio nas relações do Brasil com a China e os Estados Unidos.

Azevêdo comentou a aproximação política entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente chinês, Xi Jinping, e destacou o cuidado necessário nesse contexto.

Sua análise ocorreu durante o encontro anual Choose France, onde participava de discussões sobre o Acordo Comercial Mercosul-UE. Ele afirmou que a França está disposta a ficar de pé contra a aprovação do acordo.

Segundo Azevêdo, a votação em Bruxelas não será fácil, com a guerra comercial de Trump ainda impactando as negociações. Ele acredita que um entendimento recente entre Estados Unidos e China para moderar tarifas era esperado devido aos impactos econômicos.

O embaixador alertou que o afastamento entre as duas potências traz riscos globais, enquanto o Brasil pode se posicionar como um parceiro estratégico, especialmente na área de alimentos.

Ele enfatizou a necessidade de cuidar para que relações com a China não sejam vistas como antagonismo a Washington e destacou áreas de cooperação entre os países.

Azevêdo também mencionou a importância de diversificar os mercados, alertando que o mundo enfrenta turbulências e que os investidores devem ser cautelosos.

Além disso, apontou que a posição da França em relação ao acordo com o Mercosul não deverá mudar, devido à resistência francesa, embora a Comissão Europeia permaneça otimista.

As declarações foram feitas dentro de um contexto diplomático flexível e em meio a um cenário global instável.

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