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Lula cobrou Abin e PF por informações sobre espionagem ao Paraguai

Lula busca esclarecimentos sobre suposta espionagem no Paraguai e tensão entre Abin e Polícia Federal. Investigação destaca desconfianças sobre a continuidade de práticas da administração anterior e compromete relações diplomáticas com o país vizinho.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se com diretores da Abin e da Polícia Federal no início de abril, após relatos de um possível ataque hacker ao Paraguai durante sua gestão.

A conversa, que incluiu o ministro da Casa Civil, Rui Costa, visou esclarecer os fatos do lado da inteligência e da polícia.

Um desconforto na Abin surgiu, uma vez que informações confidenciais foram divulgadas em um inquérito da PF, ampliando atritos entre as instituições no 3º mandato de Lula.

Após os eventos de 8 de janeiro, cresceu a desconfiança de que aliados de Jair Bolsonaro estariam infiltrados na inteligência.

Um relatório da PF de julho de 2024 revelou que uma “Abin paralela” monitorou autoridades, incluindo ministros do STF e o deputado Arthur Lira, supostamente sob a coordenação de Alexandre Ramagem, utilizando o software espião “First Mile”.

No dia 17 de abril, Luiz Fernando Corrêa será ouvido pela PF para determinar se houve obstrução de informações sobre a investigação da “Abin Paralela” e se houve conhecimento por parte da atual gestão sobre a suposta espionagem de autoridades paraguaias.

O Ministério Público do Paraguai abriu um processo criminal em Abril para investigar a possível espionagem digital, levando o governo paraguaio a suspender negociações com o Brasil sobre o Anexo C da Itaipu Binacional.

O presidente paraguaio, Santiago Peña, afirmou que as ações de espionagem “reabrem feridas antigas” e prejudicam a confiança entre os países do Mercosul.

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