Lucro da Vale cai 24% no 2º tri com queda no minério de ferro
Vale reporta lucro trimestral abaixo do esperado, impactado pela queda nos preços do minério de ferro. Apesar disso, a mineradora destaca aumento nas vendas de cobre e níquel e a revisão otimista dos custos de produção.
A Vale registrou um lucro líquido de US$ 2,12 bilhões no 2º trimestre de 2025, uma queda de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O desempenho foi impactado pela queda nos preços do minério de ferro e questões com coligadas, como a Samarco.
A receita líquida foi de US$ 8,8 bilhões, uma retração de 11%, devido à redução de 13% no preço médio de finos de minério de ferro, que ficou em US$ 85,1 por tonelada.
O Ebtida ajustado foi de US$ 3,386 bilhões, uma queda de 15%.
A empresa destacou melhoras operacionais em todos os segmentos, com aumentos de 17% nas vendas de cobre e 21% no níquel. Os embarques de minério de ferro recuaram 3% devido à estratégia de otimização do portfólio.
O Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 1,5 bilhão em JCP, equivalente ao valor bruto de R$ 1,895387417 por ação, com pagamento previsto para 3 de setembro de 2025 para acionistas com posição até 12 de agosto na B3.
Para os ADRs em Nova York, a data de corte é 13 de agosto, com pagamento a partir de 10 de setembro.
A mineradora anunciou também a revisão para baixo da projeção de custo all-in para o cobre em 2025, reduzindo a faixa de US$ 2.800 a US$ 3.300 para US$ 1.500 a US$ 2.000 por tonelada.
A revisão se deve à melhoria de desempenho nas operações de cobre e ao aumento de receitas com subprodutos, porém a Vale alerta que a nova estimativa é hipotética e sujeita a mudanças por fatores externos.