Lucro da Neoenergia recua 11% no 1º trimestre
Aumento nas receitas não foi suficiente para compensar os custos crescentes da companhia. Investimentos em expansão e elevação da dívida também impactaram os resultados financeiros da Neoenergia.
Neoenergia registrou um lucro líquido de R$ 1 bilhão no primeiro trimestre de 2025, com uma queda de 11,2% em relação ao mesmo período de 2024.
As receitas somaram R$ 12,28 bilhões, avançando 5,7% na comparação anual. Apesar do aumento na receita, o resultado foi impactado por maiores custos com energia e despesas operacionais.
- Custos com energia: subiram 5%, totalizando R$ 7,13 bilhões.
- Despesas operacionais: cresceram 3%, chegando a R$ 1,06 bilhão.
O resultado financeiro consolidado foi negativo em R$ 1,56 bilhão, com uma piora de 21% devido ao aumento da dívida e do CDI.
O EBITDA foi de R$ 3,72 bilhões, com um crescimento anual de 6%.
A companhia observou efeitos positivos de:
- Aumento na base de clientes e volume das distribuidoras.
- Reajustes tarifários positivos de Neoenergia Elektro e Neoenergia Brasília.
- Novos ativos de transmissão e maior geração eólica.
Esses efeitos foram compensados por:
- Reajustes tarifários negativos de Neoenergia Coelba, Neoenergia Pernambuco e Neoenergia Cosern.
- Menor margem na Termopernambuco devido a alterações contratuais.
No trimestre, a Neoenergia pagou R$ 429 milhões em imposto de renda e contribuição social, um aumento de 12%.
A companhia investiu R$ 2,2 bilhões em projetos, sendo R$ 1,3 bilhão em distribuição de energia.
Em março de 2025, a dívida líquida da Neoenergia atingiu R$ 44,42 bilhões, com um aumento de 3% em relação a dezembro de 2024, refletindo os investimentos realizados. O índice de alavancagem subiu de 3,45 para 3,49 vezes.