Lucro da GM cai 35% no trimestre com impacto de US$ 1 bilhão de tarifas de Trump
GM registra queda de 35% no lucro trimestral e não apresenta soluções imediatas para enfrentar o impacto das tarifas de Trump. A montadora busca se adaptar a um cenário desafiador e já planeja investimentos para aumentar a produção nos EUA.
General Motors reportou um impacto de US$ 1,1 bilhão nos lucros devido tarifas de Donald Trump, sem planos para recuperação a curto prazo.
No segundo trimestre, a montadora ganhou US$ 2,53 por ação, superando a previsão de US$ 2,33, mas abaixo dos US$ 3,06 do ano passado.
Os lucros sofreram com custos de garantia e acúmulo de estoque de veículos elétricos, que perderão subsídios federais. As montadoras enfrentam desafios devido a um ambiente global que penaliza cadeias de suprimento e as vendas internacionais.
Embora a GM tenha superado as expectativas, lucros nos EUA foram afetados por taxas de importação de veículos da China, México e Coreia do Sul.
A montadora optou por não aumentar os preços, cortando custos e repatriando produção. A CEO Mary Barra mencionou desafios para se adaptar a novas realidades comerciais.
As ações da GM caíram 2,1% no pré-mercado, fechando em US$ 52,12.
Apesar das tarifas, a GM aumentou as vendas de veículos nos EUA e teve lucro na China, mas o lucro líquido caiu 35%, para US$ 1,9 bilhão.
A GM prevê compensar até um terço de sua exposição tarifária de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões até o final do ano, mas custos podem ser maiores agora.
A empresa anunciou um investimento de US$ 4 bilhões para aumentar produção em Michigan, Kansas e Tennessee.
A GM manteve a previsão de lucros entre US$ 10 bilhões e US$ 12,5 bilhões para o ano, mas reduziu as projeções para 2025.
Custos não tarifários, como recall de caminhões e aumento de estoque de veículos elétricos, impactaram os resultados, contribuindo com mais US$ 900 milhões em custos.
A receita total caiu 1,8%, para US$ 47,1 bilhões, parcialmente devido a preços mais fracos.
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