Lourival Sant’Anna: EUA vão tirar vistos do governo e usar Lei Magnitsky contra ministros do STF
EUA planejam sanções adicionais a autoridades brasileiras em resposta a decisões do STF sobre Jair Bolsonaro. A medida visa pressionar o governo Lula e demonstrar a capacidade dos americanos de interferir nas dinâmicas políticas da América Latina.
Sanções dos EUA contra autoridades brasileiras devem ser ampliadas nos próximos dias. A próxima semana trará novas sanções, afetando integrantes do alto escalão do governo Lula.
A expulsão da embaixadora brasileira, Maria Luiza Ribeiro Viotti, está prevista, representando um rompimento de relações diplomáticas. Também estão previstas sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e outros, já com vistos cancelados.
As sanções visam punir aqueles que votaram contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e a favor de responsabilidades das plataformas de redes sociais.
Os ministros do STF enfrentarão restrições financeiras sob a Lei Magnitsky, que pode congelar bens nos EUA e restringir acesso a serviços bancários. O governo é percebido como um experimento da estratégia de alinhamento ideológico do governo Trump na América Latina.
Empresas brasileiras necessitarão negociar diretamente com autoridades americanas para contornar as sanções, evitando ligações com os dois polos políticos: Lula e Bolsonaro.
Comparações foram feitas com negociações de outros países, como Japão e Indonésia, que obtiveram acordos com os EUA, enquanto o Brasil enfrenta dificuldades devido ao protecionismo e à falta de diálogo político.
A Lei Global Magnitsky permite punições a estrangeiros por corrupção ou violações de direitos humanos. A decisão de aplicar sanções cabe ao presidente dos EUA, que pode exigir provas de violações ao Congresso.
O STF não se manifestará sobre o assunto, e o Palácio do Planalto se manteve em silêncio.