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‘Lobbies atuam mais rápido que o governo’, diz Haddad ao defender taxação de apostas e fim de isenções bilionárias

Fernando Haddad critica resistência do Congresso em relação às novas medidas de arrecadação necessárias para equilibrar as contas públicas de 2026. O pacote propõe ajustes tributários que visam gerar até R$ 20 bilhões extras no orçamento, incluindo a taxação de apostas online e o fim da isenção de Imposto de Renda para certos investimentos.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, faz apelo ao Congresso em busca de viabilizar as contas públicas de 2026.

Ele criticou opositores às novas medidas de arrecadação, afirmando que “os lobbies atuam mais rápido que o governo”.

As propostas visam reverter distorções tributárias e gerar até R$ 20 bilhões extras no orçamento do próximo ano.

Entre as principais medidas estão:

  • Aumento da alíquota sobre apostas online de 12% para 18% sobre o GGR.
  • Fim da isenção de Imposto de Renda para LCI, LCA e CRA, com uma nova alíquota de 5%.
  • Corrigindo a tributação de instituições financeiras para igualar bancos e fintechs.

Haddad argumenta que a taxação das apostas esportivas pode arrecadar bilhões, um setor que atualmente movimenta cifras bilionárias sem contrapartida fiscal.

A Fazenda estima que a isenção atual das bets resulta em cerca de R$ 40 bilhões em perdas anuais.

Ele também defendeu a correção das isenções no agronegócio, alegando que a manutenção gerava um custo anual de R$ 41 bilhões para os cofres públicos.

O pacote visa garantir justiça fiscal entre empresas do mesmo setor e é essencial para criar espaço fiscal para eventual redução da taxa Selic no médio prazo.

Haddad busca a aprovação das propostas até agosto para integrar o orçamento de 2026. Ele se declarou “100% disponível” para dialogar com parlamentares e já promove encontros para discutir as propostas.

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