Lista de isenções é limitada e pode gerar distorções na cadeia de valor, diz Abia
Abia critica isenções de tarifas dos EUA e destaca impacto negativo no comércio. A associação aponta que a medida gera distorções e pode resultar em perdas significativas para as exportações brasileiras.
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) criticou a nova lista de isenções da tarifa adicional imposta pelos Estados Unidos, considerando-a uma medida limitada e que prejudica a previsibilidade do comércio entre os dois países.
Embora o suco de laranja — com quase US$ 750 milhões exportados no primeiro semestre de 2025 — tenha ficado isento, outros produtos importantes como carnes, cafés e óleos vegetais foram taxados.
A Abia declarou que a decisão “prejudica a previsibilidade do comércio bilateral e gera distorções nas cadeias de valor”.
Segundo a associação, as exportações brasileiras para os EUA totalizaram US$ 2,83 bilhões no primeiro semestre de 2025. Uma possível retração de 10% no volume exportado poderia causar perdas de até US$ 570 milhões anuais em receitas externas.
A Abia reafirmou seu compromisso com soluções cooperativas e equilibradas, defendendo o diálogo e a construção de um ambiente comercial “previsível e mutuamente benéfico”.