‘Lista de exceções mostra que tarifaço é negociação comercial, e não política’, diz especialista
Após a taxação de 50% nas exportações brasileiras, empresários buscam entender as novas regras. Especialistas acreditam que as exceções na lista de produtos mostram que as tarifas são, na verdade, uma negociação comercial.
Desde 9 de julho, Donald Trump anunciou a taxação de 50% nas exportações brasileiras aos EUA, gerando intensa procura por esclarecimentos entre empresários e representantes do setor no Brasil.
A Arko Advice Public Affairs, sob a direção de Thiago de Aragão, tem recebido diariamente cerca de 50 mensagens de questionamentos sobre o cenário instável. Com presença em diversos países e estados dos EUA, a Arko acompanha a situação de perto e já esteve envolvida em negociações com o México.
Aragão analisou o decreto do tarifaço publicado em 30 de outubro e sua lista de produtos isentos, afirmando que demonstra um aspecto comercial. “Se fosse 100% política, não haveria exceções”, comentou. Ele destaca que as negociações começam agora.
- A lista de exceções permite que várias empresas brasileiras se beneficiem.
- A separação entre questões políticas e comerciais é crucial para o Brasil.
- Negociações comerciais devem ser tratadas separadamente das políticas para eficácia.
O Brasil deve evitar retaliações neste momento, pois a situação já era prevista. O decreto fornece uma base para que o governo comece as negociações. É fundamental compreender quais concessões são possíveis e buscar isenções.
Para os produtos que não conseguirem isenção, a meta é negociar a menor tarifa possível, estimada entre 20% e 25%. Para empresas menores, é essencial:
- Não depender unicamente do governo brasileiro, mas sim contar com apoio nos EUA para justificar pedidos de isenção.
- Gerar uma argumentação sólida e alcançar influenciadores que possam impactar a Casa Branca.