Lira nega perseguição e atribui cassação de Glauber à agressão
Arthur Lira refuta acusações e atribui responsabilidade por cassação a Glauber Braga. Deputado está em greve de fome aguardando decisão final sobre seu mandato após aprovação de parecer pelo Conselho de Ética.
Arthur Lira, ex-presidente da Câmara dos Deputados, negou acusações de “perseguição” feitas por Glauber Braga (Psol-RJ) após o Conselho de Ética aprovar a cassação de seu mandato na quarta-feira, 9 de abril de 2025.
Lira responsabiliza Braga pelo processo e afirmou que insinuações sem provas poderão resultar em medidas judiciais. Em sua nota, Lira disse: “Refuto veementemente mais essa acusação ilegítima”.
Braga é acusado de quebra de decoro parlamentar por agredir o youtuber Gabriel Costenaro em abril de 2024. Ele alega que o parecer pela cassação é fruto de negociações com Lira.
Em protesto, Braga permaneceu no plenário do Conselho de Ética durante a noite de 9 para 10 de abril e está em greve de fome até que sua situação seja definida. Ele considera a cassação uma “tática radical” e afirma que não será “derrotado por Arthur Lira e pelo orçamento secreto”.
O pedido de cassação foi enviado ao Conselho pelo Partido Novo após o incidente entre Braga e Costenaro, que afirma ter sido agredido sem provocação. O Conselho de Ética aprovou o pedido de cassação por 13 votos a 5.
A cassação não é imediata; Braga pode recorrer ao CCJ para análise do parecer antes da votação final no plenário, que requer pelo menos 257 votos favoráveis para ser confirmada.