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Limbo global das taxas de juros persiste após 150 dias de Trump

Bancos centrais ao redor do mundo devem optar por manter as taxas de juros inalteradas, enquanto avaliam os efeitos das tensões comerciais e políticas globais. A expectativa é de que essas decisões sejam pautadas pela incerteza econômica e pelo impacto do protecionismo sobre a inflação e o crescimento.

Bancos centrais** manterão taxas de juros inalteradas nesta semana, avaliando os impactos das interrupções comerciais causadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Autoridades cautelosas, que representam dois quintos da economia global, estão em paralisia coletiva diante dos riscos que tarifas e o comércio instável apresentam.

A OCDE reduziu suas projeções de expansão econômica global em 3 de junho, alertando que o protecionismo pressiona os preços ao consumidor. Tensão no Oriente Médio aumenta o dilema.

A decisão mais observada será do Federal Reserve (Fed) nesta quarta-feira, a véspera do 150º dia de governo de Trump. Especialistas preveem um “modo ‘esperar para ver’” em relação às políticas da Casa Branca.

  • Banco do Japão deve manter inalterada a taxa, focando nas compras de títulos.
  • Bancos do Reino Unido e Noruega também devem manter os custos de empréstimo.
  • Apenas Suécia e Suíça devem realizar cortes modestos.

Dados importantes da China e do Reino Unido serão divulgados, incluindo números da inflação e dados de vendas no varejo, que podem mostrar queda.

No Canadá, Mark Carney se reunirá com líderes do G-7, e a decisão do Banco do Canadá pode indicar a trajetória das taxas de juros.

Na Ásia: Paquistão, Japão, Indonésia e Taiwan devem manter suas taxas. Apenas o Banco Central das Filipinas deve cortar a taxa em 25 pontos-base.

Banco da Inglaterra decide na quinta-feira, com expectativa de manutenção da taxa em 4,25%, mesmo diante da pressão inflacionária. A inflação no Reino Unido pode permanecer em 3,4%.

  • O BCE terá uma semana movimentada com vários discursos
  • Dados relevantes da Alemanha e da zona do euro serão divulgados.

No Brasil, o PIB mensal de abril deve mostrar crescimento sustentado por benefícios sociais, com projeções de 1,4% para o PIB-proxy anual.

O Banco Central do Chile deve manter a taxa em 5%, com expectativa de corte de 0,5 p.p. até o fim do ano.

O Banco Central do Brasil deve manter a Selic em 14,75%, encerrando o ciclo de aperto monetário.

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