Líderes religiosos de linha progressista temem retrocessos na escolha de novo papa
Especialistas em espiritualidade expressam preocupação com a escolha do novo papa, temendo um retrocesso na agenda inclusiva e social promovida por Francisco. Eles ressaltam a importância de manter a abordagem reformista e de justiça social que marcou seu pontificado.
Papa Francisco: legado de inclusão e reformas preocupa líderes religiosos
O papa Francisco, reconhecido como um líder inclusivo da Igreja Católica, gera apreensão entre líderes religiosos sobre o futuro da instituição.
O rabino Nilton Bonder e o pastor batista Ed René Kivitz expressam preocupações quanto ao próximo pontífice, afirmando que a escolha pode levar a retrocessos.
Bonder destaca que Francisco foi um reformador, trazendo uma nova perspectiva ao focar em questões sociais, e não apenas morais. Ele acredita que a religião é crucial na luta contra a barbárie.
Kivitz reforça essa ideia, dizendo que o novo papa deve continuar a “estaca Francisco batida” para evitar retrocessos, especialmente com o avanço da extrema direita.
Ambos expressam que a ausência do papa cria um vazio na representatividade universal das lideranças, um papel que nem mesmo a ONU consegue preencher.
Bonder observa que Francisco trouxe uma dimensão latino-americana ao papado, essencial em um mundo polarizado.
Avaliando a influência de Francisco, Kivitz e Bonder concordam que, apesar das limitações internas do Vaticano, seu legado de justiça social e inclusão é irreversível.
Bonder recorda um encontro com o papa em 2015, enfatizando seu interesse em discussões sobre sustentabilidade, embora houvesse limitações institucionais.