Líderes extremistas e colonos se reúnem no Parlamento de Israel para debater anexação de Gaza
Líderes israelenses propõem a remoção de palestinos de Gaza para criar um projeto habitacional de luxo. Especialistas e ativistas alertam para as implicações de limpeza étnica e crimes contra a humanidade.
Reunião polêmica em Israel ocorreu na terça-feira entre líderes extremistas e colonos judeus para discutir plans de expulsão dos palestinos e anexação de Gaza.
Notícias relatadas pelo The Guardian apontam que o projeto visa transformar Gaza em um "paraíso de luxo" exclusivamente israeleense, inspirado em proposta de Donald Trump.
O plano inclui a expulsão voluntária dos palestinos e a construção de 850 mil unidades habitacionais e um moderno sistema de metrô.
Daniella Weiss, líder dos colonos, afirmou que os palestinos seriam realocados para o Egito e "países africanos". Ela já teria uma lista de 1.000 famílias israelenses dispostas a viver em Gaza.
O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o ministro da Defesa, Israel Katz, participaram da reunião. Katz mencionou uma "cidade humanitária" no sul de Gaza para confinar palestinos.
No entanto, o plano é amplamente rejeitado pelos palestinos e considerado por especialistas como limpeza étnica e crime contra a humanidade.
O Exército israelense também desaprovou a proposta, considerando-a um "pesadelo" para a segurança de Israel.
Ativistas de direitos humanos alertam que a expulsão pode ser classificada como deslocamento forçado, levantando preocupações sobre crimes de guerra devido à situação coercitiva.