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Líderes do governo deixam base desprotegida, que pode instaurar CPI do INSS hoje

Governo Lula enfrenta crescente descontentamento no Congresso, resultando em derrotas significativas e falta de apoio entre aliados. A fragilidade na articulação política levanta questionamentos sobre a estratégia adotada por líderes governistas em momentos críticos.

A situação do governo Lula no Congresso é crítica, com derrotas e pressões crescentes.

Os principais líderes têm adotado uma postura discreta, o que divide aliados e gera debates sobre estratégias para enfrentar adversidades.

Na segunda-feira, o governo sofreu uma derrota significativa: deputados aprovaram requerimento de urgência para derrubar a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), mesmo após semanas de negociações para minimizar a pressão.

Esperam-se novas dificuldades hoje, como a leitura do requerimento para abrir a CPI do INSS e a votação de vetos presidenciais.

Na semana passada, a ministra Marina Silva foi hostilizada no Senado sem apoio dos líderes do governo, Jaques Wagner e Randolfe Rodrigues, que não estavam presentes.

O governo enfrentou outra derrota na CCJ com a aprovação do projeto que susta decretos de demarcação de terras indígenas assinados por Lula. Wagner não registrou voto e deixou a comissão durante a votação.

Os líderes na Câmara, José Guimarães e Lindbergh Farias, adotaram uma postura cautelosa e não defenderam publicamente o governo.

Embora reconheçam a necessidade de um estilo mais pragmático, integrantes da base apontam que isso pode prejudicar as relações com os presidentes do Congresso.

Em contraste, a intenção é diferente na Câmara, onde parte do PT planeja obstruir a flexibilização do licenciamento ambiental.

Em outro ponto, Isnaldo Bulhões, do MDB, afirmou que ninguém do governo o procurou sobre o licenciamento, o que indica uma falta de articulação.

Além disso, na mesma data em que Marina foi atacada, Randolfe mencionou a falta de parlamentares dispostos ao combate em comparação com a oposição.

Os líderes governistas tentam negar a falta de compromisso, mas a realidade da base é de fragilidade e falta de maioria para enfrentar desafios no Congresso.

Decreto de aumento do IOF e projeto da Lei Orgânica das Polícias também estão na pauta de votações, somando pressão ao governo.

Entre as pautas está a resolução para liberar emendas para o pagamento de salários de profissionais da saúde, um tema em debate entre governantes e parlamentares.

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