Líderes deveriam fazer como Lula e reagir com coragem a bullying de Trump, diz Nobel de Economia
Joseph Stiglitz exalta a postura do Brasil sob Lula em face das pressões de Donald Trump, condenando as tarifas impostas às exportações brasileiras e defendendo o direito do país de agir sem interferências externas. O economista ainda critica a violação do Estado de Direito nos Estados Unidos e alega que a coragem brasileira deve servir de exemplo para outras nações.
Joseph Stiglitz, economista vencedor do Nobel de Economia, defende que líderes mundiais sigam o exemplo do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e resistam ao "bullying" de Donald Trump.
No artigo publicado no Project Syndicate, Stiglitz elogia o compromisso do Brasil com o Estado de Direito, contrapondo-se à postura dos EUA. Ele considera a imposição de tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras uma medida ilegal.
Stiglitz argumenta que Trump ignora a Constituição americana ao impor taxas, e compara a resposta dos EUA à tentativa de golpe de Jair Bolsonaro em 8 de janeiro de 2023, afirmando que a ação no Brasil foi mais significativa que a do Capitólio.
O Nobel menciona a tentativa de Trump de deslegitimar o processo legal contra Bolsonaro, que enfrenta acusações no STF e está sob restrições legais. Stiglitz critica o uso do poder de perdão por Trump para liberar os culpados pela insurreição de 6 de janeiro de 2021.
Lula, por sua vez, definiu as ações de Trump como 'chantagem inaceitável', reafirmando a autonomia brasileira.
O autor ressalta a coragem do Brasil em enfrentar a intimidação americana e critica a influência dos oligarcas tecnológicos dos EUA, que buscam maximizar lucros à custa da desinformação.
Stiglitz destaca o aumento de popularidade de Lula pós-tarifas, mas reforça que sua postura é guiada por um princípio de soberania. Ele conclui pedindo que outros líderes mostrem a mesma coragem diante da intimidação de Trump, que, segundo ele, ameaça a democracia mundial.