Líderes da Câmara fazem reunião emergencial para discutir solicitação de Dino sobre emendas “paralelas”
Reunião de emergência busca alinhar posicionamentos após exigência do STF sobre emendas orçamentárias. Deputados temem que tensões impactem a tramitação de pautas relevantes para o governo.
Presidente da Câmara, Hugo Motta, convocou líderes partidários para reunião emergencial após decisão do ministro do STF, Flávio Dino, que deu 10 dias para o Congresso se manifestar sobre emendas e o “orçamento paralelo da Saúde”.
O despacho responde a petição de associações, incluindo Contas Abertas e Transparência Internacional. O documento menciona emendas “paralelas” que não têm o identificador RP8, mas sim RP2 e RP3, totalizando cerca de R$ 8,5 bilhões.
Deputados avaliam que isso pode criar um novo mal-estar entre o Congresso e o Judiciário, afetando também a relação com o Executivo e a recepção da medida provisória do governo.
Um líder de centro destacou a importância de respeitar o pedido de Dino e discutir soluções calmamente, embora reconheça o risco de afetar o avanço das pautas.
Nesta terça (10), o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), cancelou reunião da base após convocação de última hora no Palácio do Planalto.
O despacho de Dino coincide com o esperado envio da Medida Provisória do Ministério da Fazenda, visando resolver o imbróglio sobre o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), que já enfrenta resistência e pode ser dificultado por mais tensões entre os Poderes.