Líder do Governo, Jaques Wagner diz que IOF é “só” para empresas
Jaques Wagner defende aumento do IOF como medida de justiça tributária, focando em bancos e superbilionários. No entanto, a mudança também impactará indiretamente as pessoas físicas e o setor varejista, elevando custos e riscos à economia.
Jaques Wagner, líder do Governo no Senado, afirmou que o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) "não tem nada a ver com pessoa física", dizendo que é voltado apenas para pessoas jurídicas.
Em entrevista à rádio Salvador FM, ele disse que a arrecadação ajuda o governo a cumprir a meta fiscal e argumentou que é mais justo taxar o setor financeiro e os superbilionários do que as pessoas simples.
Contudo, Wagner não deixou claro que algumas medidas também afetam pessoas físicas. As mudanças incluem:
- Encarecimento de compras com cartões de crédito e débito internacional, incluindo pré-pagos
- Aumento do IOF no envio de dinheiro para o exterior
- Maior taxa na compra de moeda em espécie
O IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) alertou que o aumento pode elevar o custo das mercadorias e pressionar a inflação, impactando a atividade econômica e o emprego.
As operações de antecipação de capital (chamadas de risco sacado ou forfait) para o varejo, antes com alíquota zero, agora podem ter até 3,95%. O IDV estima que isso eleva o custo total da operação a quase 19% ao ano.
Pequenas e médias empresas serão as mais afetadas, aumentando os custos e, consequentemente, os preços das mercadorias, pressionando a inflação.