Licença chega ao fim e Eduardo Bolsonaro pode perder mandato
Eduardo Bolsonaro retorna ao Brasil em meio a incertezas políticas e possíveis sanções. A falta ao cargo pode comprometer sua permanência na Câmara e adicionar pressão nas discussões em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PL-SP), encerra neste domingo (20.jul.2025) sua licença de 4 meses e suas faltas na Câmara serão contabilizadas.
Eduardo está nos Estados Unidos desde 27 de fevereiro e pediu a licença em 18 de março. Seu futuro é incerto, especialmente após seu pai, Jair Bolsonaro (PL), ser alvo de uma operação da PF e ter que usar tornozeleira eletrônica.
No dia seguinte (21.jul), o PL realizará uma reunião para discutir mobilização contra as decisões do STF e o futuro do deputado. Jair Bolsonaro afirmou que o filho deve continuar nos EUA para evitar prisão.
Na 6ª feira (18.jul), Bolsonaro não só passou a usar tornozeleira eletrônica, como também foi proibido de se aproximar de embaixadas e de usar redes sociais por ordem de Alexandre de Moraes.
O inquérito contra Eduardo, iniciado em 26 de maio e prorrogado em 8 de julho, investiga sua atuação nos EUA e possível interferência na ação penal relacionada a tentativas de golpe de Estado em 2022.
A licença de Eduardo ganhou destaque após Donald Trump anunciar tarifas de 50% sobre importações brasileiras, citando ações contra Jair Bolsonaro e a revogação do visto de Moraes.
Antes do recesso parlamentar, deputados da base do presidente Lula pediram a suspensão do mandato de Eduardo, alegando "gravidade das condutas em prejuízo da nação". O requerimento expressa a urgência de punição e aumenta a possibilidade de aprovação.
Com a volta ao Brasil, Eduardo não pode faltar a mais de 1/3 das sessões para manter seu mandato.