Lewandowski diz que governo Lula não tem interesse em interferir nas polícias
Ministro da Justiça reafirma que governo não interfere nas polícias estaduais e defende PEC como estratégia de colaboração contra o crime organizado. Apesar das críticas, proposta busca integrar esforços entre União, Estados e municípios na área de segurança pública.
Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, foi ouvido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados em 21 de novembro, sobre a PEC da Segurança Pública.
Lewandowski destacou que o governo federal não tem “nenhum interesse” em interferir nas forças policiais estaduais, defendendo a união de forças para enfrentar o crime organizado.
“Não se trata de uma proposta eleitoreira. Queremos integração e cooperação entre União, Estados e municípios”, afirmou o ministro.
A PEC, enviada ao Congresso em 23 de abril, é a principal aposta do governo para a segurança pública, mas enfrenta resistência da oposição. Lewandowski foi convidado a explicar o texto após um requerimento do líder da oposição, Luciano Zucco.
O relator da PEC, deputado Mendonça Filho (União-PE), reconheceu a importância da proposta, embora tenha levantado dúvidas sobre sua eficácia. Ele enfatizou a autonomia dos Estados e a importância de não centralizar a segurança em Brasília.
A PEC propõe:
- Ampliação das atribuições da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que passaria a se chamar Polícia Viária Federal.
- Inclusão do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e fundos nacionais na Constituição.
- Policiamento ostensivo em ferrovias e hidrovias.
- Reforço da autonomia dos Estados no combate ao crime.
Um dos pontos centrais é a responsabilidade da União em formular a política de segurança pública e coordenar o sistema penitenciário.