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Letalidade policial cai, mas cresce em SP, MG e mais oito estados

Brasil registra 6.243 mortes por intervenção policial em 2024, com aumento em 10 estados. A letalidade policial permanece um grave problema de segurança pública, destacando-se Amapá e Bahia como os mais letais.

Brasil registra 6.243 mortes em intervenções de policiais em 2024, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado em 24 de outubro.

O número reflete uma redução de 3,1% em relação a 2023, mas com aumento em 10 estados.

Letalidade policial é um problema persistente, com Amapá (17,1 homicídios/100 mil) e Bahia (10,5 homicídios/100 mil) sendo os mais letais.

No Amapá, um a cada três homicídios é cometido por policiais; na Bahia, a proporção é de um em cada quatro.

Especialistas, como David Marques, afirmam que a resposta letal da polícia não tem reduzido a criminalidade.

  • Santo Antônio de Jesus: 30,2 mortes/100 mil, a mais alta do Brasil.
  • Itabaiana (SE): 28,6 mortes/100 mil.
  • Marituba (PA): 27,7 mortes/100 mil.

Seis das dez cidades mais letais estão na Bahia.

Em São Paulo, mortes por intervenção policial aumentaram em 60,9%, totalizando 813 ocorrências. Minas Gerais apresentou um aumento de 45,5%. Marques comenta que a ênfase na letalidade policial como sucesso tem impulsionado isso.

Em algumas cidades, como Itabaiana, 75,6% das mortes violentas são causadas por ações policiais.

Criticas ao governo e à polícia apontam a falta de eficácia das políticas públicas de segurança. A abordagem letal continua a ser controversa e impacta diretamente nos índices de violência.

O aumento da letalidade em estados como São Paulo e Minas Gerais revela a ineficácia de estratégias de segurança baseadas na violência.

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