Leilão de gás da União pode ficar para o 1º trimestre de 2026, diz presidente da PPSA
Leilão de gás natural da União pode ser postergado para 2026, segundo presidente da PPSA. O adiamento é motivado pela necessidade de melhorar a competitividade no mercado e reduzir custos de acesso à infraestrutura.
Leilão de gás natural da União pode ser adiado
O primeiro leilão de gás natural, gerido pela Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), previsto para o fim de 2025, pode ser transferido para o primeiro trimestre de 2026. A informação foi divulgada pelo presidente da estatal, Luis Fernando Paroli, durante o seminário Gás para Empregar em São Paulo.
O leilão visa dinamizar o mercado de gás natural no Brasil, com a oferta inicial de 300 mil metros cúbicos por dia em 2025, e ampliando para 3 milhões de m³/dia a partir de 2026.
Paroli destacou que, apesar da oportunidade de desenvolvimento do mercado, os custos de acesso à infraestrutura operada pela Petrobras ainda são altos, dificultando a competitividade do gás.
A PPSA atualmente vende gás à Petrobras "na boca do poço", sem leilão, devido à concentração da infraestrutura. Isso afeta o preço final da molécula, impactando a competitividade do insumo.
Paroli mencionou três alternativas em negociação com a Petrobras:
- Vender gás na boca do poço via leilão;
- Contratar a Petrobras como agente comercializadora exclusiva;
- Permitir que a PPSA assuma essa função, utilizando a infraestrutura da Petrobras.
O objetivo é reduzir custos de transporte e processamento, hoje altos para os consumidores.
A realização dos leilões é vista como uma oportunidade para atrair novos consumidores industriais e garantir preços mais competitivos, em linha com a estratégia do governo de impulsionar o desenvolvimento econômico.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a expectativa é de que o gás chegue à indústria entre US$ 7 e US$ 8 por milhão de BTUs, comparado aos atuais US$ 13 a US$ 16.