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Lei que restringe cidadania cria categoria inferior de italianos, diz deputado

Deputados expressam indignação após aprovação de decreto que limita cidadania italiana a duas gerações. Críticas incluem comparações a legislações fascistas, levantando preocupações sobre desigualdade entre italianos nativos e no exterior.

Deputado italiano Fabio Porta, do Partido Democrático, manifestou luto pela nova lei de cidadania aprovada na Câmara italiana, que limita o acesso à cidadania italiana para descendentes no exterior à duas gerações.

O decreto, defendido pelo governo de Giorgia Meloni, foi aprovado após uma sessão de mais de seis horas. Porta criticou ferozmente a medida, afirmando que ela cria duas categorias de italianos – cidadãos prioritários e cidadãos de segunda classe.

O governo justificou a mudança alegando necessidade de coibir pedidos excessivos de descendentes que não possuem vínculos reais com a Itália. Além disso, citou preocupações sobre agências que comercializam direitos de cidadania.

A nova legislação representa a alteração mais significativa na cidadania por direito de sangue desde 1992. O vice-premiê Antonio Tajani defende a mudança, enquanto a Liga, de Matteo Salvini, apoiou o decreto apesar de algumas divergências.

Porta questiona os verdadeiros motivos por trás da medida, sugerindo pressões internacionais e mudanças na política externa dos EUA sob Donald Trump como influências. Ele prevê uma corrida aos tribunais, pois a lei é retroativa e pode ser considerada inconstitucional.

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